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FOI HÁ CINCO ANOS que, em boa hora, o Centro Ciência Viva de Estremoz desafiou os alunos e professores de todos os escalões, das escolas de todo o país, a mostrarem as respectivas competências, em termos de actividades práticas, no campo do ensino-aprendizagem das ciências experimentais.
Surgiu, assim, a 1.ª edição do CONCURSO "CIENTISTAS EM ACÇÃO", destinado a todas as nossas escolas do ensino básico e secundário. Crianças, adolescentes e os seus professores responderam ao desafio com trabalhos cuja criatividade e empenho foram ao encontro das expectativas dos organizadores.
Dando continuidade ao elevado interesse demonstrado pelos participantes, bem reflectido na qualidade dos projectos apresentados, este Centro, que considero uma instituição nacional de referência na divulgação das Ciências da Terra, teve a feliz ideia de dar a este concurso a dinâmica de um Congresso de gente crescida, com inscrições (gratuitas), entrega de documentos, crachás, livro de resumos das comunicações, pausas, não para café, mas sim para correr e gritar como nos recreios, e almoço convívio oferecido pela organização.
Foi neste contexto que, à semelhança dos anos anteriores, assisti, como convidado, ao primeiro dia do 5º CONGRESSO NACIONAL “CIENTISTAS EM ACÇÃO”, um evento a todos os títulos louvável (este ano, com 190 alunos participantes, acompanhados por 36 professores) ao promover o contacto e a partilha de experiências e ideias, no âmbito da cultura científica e tecnológica, entre cientistas nacionais e internacionais e os nossos estudantes dos ensinos básico e secundário.
Pretende-se, com este Congresso, promover o espírito científico dos nossos jovens e atraí-los para a Ciência e a Tecnologia, através da realização e desenvolvimento de pequenos projectos científicos em que o ensino experimental constitui uma prioridade.

“Viva a Ciência e a Tecnologia !”
No dizer da organização, consciente do alcance pedagógico desta acção, os projectos a elaborar devem estar sempre relacionados com a temática geral do funcionamento do nosso Planeta. No entanto, salienta que ao ter optado pela Terra como tema central, de modo nenhum pretende restringir os trabalhos à disciplina de Geologia. Com efeito, o funcionamento do nosso planeta só pode ser compreendido pela conjugação de várias ciências como a Física (as acções do calor ou do frio, da pressão, da gravidade, do magnetismo), a Química (a importância das reacções químicas), a Informática (na forma de modelar os fenómenos geológicos) e a Biologia (pois a evolução dos seres vivos não se fez à revelia da evolução do próprio planeta).
Segundo as disposições deste Congresso, os projectos são apresentados sob a forma de actividade experimental, painel ou maqueta, acompanhados de breve exposição oral de, aproximadamente, 15 minutos. Como incentivo, são premiados os alunos dos três melhores trabalhos, pelos três níveis de ensino (1.º e 2.º Ciclo do Ensino Básico; 3.º Ciclo do Ensino Básico; Ensino Secundário). Há ainda prémios para os professores acompanhantes e para as escolas dos grupos vencedores.

Com os alunos do Centro Educativo Alice Nabeiro, de Campo Maior (1º Prémio)
Apoiaram este feliz evento a Universidade de Évora, o Laboratório de Investigação de Rochas Industriais e Ornamentais, o Centro de Geofísica de Évora e a Câmara Municipal de Estremoz.
É pena que a comunicação social não dê atenção a eventos como estes.
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